quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Doce Ilusão - Quinta parte


Cada célula do meu corpo gritava perigo, sabia que podia estar a brincar com o fogo, mas não me interessava minimamente, afinal de contas porque iria ele querer-me fazer mal? Hello? Tipo, é um demónio, yah? Não precisa de motivos! Dou um empurrão na minha consciência e mando-a pastar ovelhas.
O Toque dele deixou a minha pele toda arrepiada, ansiando por mais um toque, o olhar dele quando passou por cada parte do meu corpo observando-me fez-me sentir formigas em todo o lado, e quando digo todo o lado…. Bem… é mesmo em todo o lado incluindo… mesmo lá, se me faço entender. Abro o meu caderno e preparo-me para estudar, mas com ele a meu lado é impossível, não consigo concentrar-me minimamente…
-Não parece que tenhas muita vontade. – afirma Rondero
-De facto hoje não me apetece muito estudar. – murmuro
-Espero não ser eu o causador da tua falta de vontade. – diz olhando-me nos olhos.
-Nada disso. Bem, talvez um pouco… han.. – sinto que fico cada vez mais vermelha, ok, desde quando é que eu virei a miss pimento agora? Ele solta uma gargalhada rouca e eu riu-me da minha parvoíce.
-Confesso que hoje também não estou com muita vontade. Na verdade esqueci-me que havia uma festa no Subsolo.
-Serio? Uma festa? E Esqueceste-te?
-Bem, acontece, de facto não sou muito de ir a festas. – ele olha pelo canto do olho para mim – Queres vir? A companhia seria excelente
Vejo os pirilampos a minha volta avisar de perigo máximo, sim os pirilampos existem, e por norma quando uma fada está em perigo ou perto eles aparecem com as luzinhas a piscar ao máximo e super brilhantes. Abano a mão para os afastar, uma vez que só eu os vejo. Sorrio e aceito.
-Gostaria imenso.
Arruma-mos tudo e deixa-mos numa prateleira atrás de nós.

***

Estava a ser bem mais fácil do que julgava. Fora do recinto do colégio torna-se muito mais fácil destruir este fada. O Subsolo é um bar frequentado por todas as criaturas, e lá e cada um por si. Sorrio contente pelo motivo de estar a ser cada vez mais fácil.
-Rondero? – Olha para Ashlin e vejo o medo dela ao olhar para a porta do bar. Algo em mim, que pensava a muito que se encontrava morto e enterrado, vem ao de cima. PROTEGER!
-Fica descansada, ninguém te vai tocar, sem que eu o mate primeiro. – as palavras saem me da boca antes de as conseguir conter. Ela dá um sorriso tímido e encantador, e fico surpreso quando me dá um beijo na face. Agarro-a pela cintura e entra-mos no bar.
Como sempre está apinhado de gente, levo-a para um canto.
-Vou buscar algo para beber, o que queres?
-Pode ser um Bacardi Razz.
-Volto já. – tiro o meu fio e meto no pescoço dela. – Se alguém te incomodar, amostras isto.
-Certo.

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